2017 em filmes

melhores filmes que eu assisti pela primeira vez em 2017. Teve muita coisa boa que ficou de fora (D'est da Akerman, La noire de... do Sembène, Gentlemen Prefer Blondes do Hawks, entre outros) e tem outros filmes que eu vi esse ano que não estão na lista mas que tem muito potencial de crescerem quando eu os rever. Enfim, aqui está:

56. chronik der anna magdalena bach (jean-marie straub e danièle huillet, 1968)

55. dellamorte dellamore (michele soavi, 1994)

54. road to nowhere (monte hellman, 2010)

53. scattered clouds (mikio naruse, 1967)

52. à ma sœur! (catherine breillat, 2001)
desabrochar sexual assumindo toda sua potência grotesca

51. written on the wind (douglas sirk, 1956)

50. a perfect world (clint eastwood, 1993)


49. multiple maniacs (john waters, 1970)

48. gun crazy (joseph h. lewis, 1950)

47. the cook, the thief, his wife & her lover (peter greenaway, 1989)

46. serial mom (john waters, 1994)

45. en rachâchant (jean-marie straub e danièle huillet, 1982)
 
44. two for the road (stanley donen, 1967)

43. guns of the trees (jonas mekas, 1961)

42. trust (hal hartley, 1990) 

41. o comerciante das quatro estações (rainer werner fassbinder, 1971)

40. ervas flutuantes (yasujiro ozu, 1959)

39. phenomena (dario argento, 1985)

38. um filme falado (manoel de oliveira, 2003)

37. golden eighties (chantal akerman, 1986)
amores novos e antigos fadados aos mesmos erros e desencantos.

36. the trouble with harry (alfred hitchcock, 1955)

35. europa 51' (roberto rossellini, 1952)
                                                                                            
34. ninotchka (ernst lubitsch, 1939)

33. la dentellière (claude goretta, 1977)

32. running on empty (sidney lumet, 1988)

31. mahjong (edward yang, 1996)

30. model shop (jacques demy, 1969)

29. cet obscur objet du désir (luis buñuel, 1977)

28. klassenverhältnisse (jean-marie straub e danièle huillet, 1984)


27. haut bas fragile (jacques rivette, 1995)

26. agatha et les lectures illimitées (marguerite duras, 1981)
25. gremlins 2: the new batch (joe dante, 1990)
o único chaos reigns possível

24. cecil b. demented (john waters, 2000)

23. desejo profano (shohei imamura, 1964)

22. rua da vergonha (kenji mizoguchi, 1956)

21. rue de l'estrapade (jacques becker, 1953)
20. conhecendo o grande e vasto mundo (kira muratova, 1980)

19. o buraco (tsai ming-liang, 1998)
almas solitárias em prédios decadentes fantasiando com musicais, desespero como remédio para o receio de se comunicar

18. female trouble (john waters, 1974)

17.  l'une chante, l'autre pas (agnès varda, 1977)

16. the beguiled (don siegel, 1971)
15. martha (rainer werner fassbinder, 1974)

14. switchblade sisters (jack hill, 1975)

13. bonjour tristesse (otto preminger, 1958)
se encarar no espelho e ver quem você realmente é talvez seja a tarefa mais dura a se realizar.

12. la belle et la bête (jean cocteau, 1946)

11. stagecoach (john ford, 1939)

10. the happening (m. night shyamalan, 2008)

9. conte d'hiver (eric rohmer, 1992)

8. les hautes solitudes (philippe garrel, 1974)
Garrel dá uma cara a melancolia, atribui a ela o resto de Seberg, fluxo constante de emoções que alterna entre alegria e tristeza, sobretudo a tristeza, quando tais sentimentos são tão intensos que só o silêncio faz jus à eles.

7. dangerous encounters of the first kind (tsui hark, 1980)

6. as praias de agnès (agnès varda, 2008)
Varda abre-se para falar de temas referentes a ela, tudo o que a molda e a moldou por anos, relato autobiográfico mais lindo e tocante que este impossível.

5. num ano de 13 luas (rainer werner fassbinder, 1978)
tristeza como espiral sufocante e sem fim de desilusões, amargura e solidão, quando não se tem mais nada a se ater, não resta mais nada.

4. victor/victoria (blake edwards, 1982)
transgressão sexual com a Andrews e o Preston como cereja do bolo. Das melhores experiências que tive num cinema. 

3. all that heaven allows (douglas sirk, 1955)
cinema recuperando seu status de “fábrica dos sonhos” com direito ao possivelmente mais belo deus ex-machina 

2. stromboli (roberto rossellini, 1950)
combate pela liberdade em um mundo ainda tentando se estabelecer após suas cicatrizes. As imagens finais com a Ingrid escalando aquele inferno para tentar alcançar um suposto paraíso está entre as coisas mais poderosas e devastadoras que eu já vi.

1. pink flamingos (john waters, 1972)
anarquismo como único estado político possível, nada melhor do que ver esse filme num cinema com pessoas gritando de euforia.






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Buraco (Tsai Ming-Liang, 1998)

Entre o sonho e a realidade: Les Demoiselles de Rochefort (Jacques Demy, 1967)