Corpos e a estranha (ou melhor, peculiar) poesia que emanam deles.
Movimentos e relatos pessoais em terras estrangeiras, melancolia
iminente, dançar para esquecer dela.
Prédios decadentes, almas solitárias. Antonioni já alertava sobre o mal do século, aqui ele vem misturado com o mega realismo da Akerman e o mundo idílico do Demy. Um cenário quase que apocalíptico regido pela chuva (difícil não lembrar do Tarkovsky) restritos a um apartamento (isso e o tom lúdico do filme me remeteram um pouco ao A Dama na Água do Shyamalan, mas acho que isso já é muita viagem da minha parte). O desespero é a única salvação. Talvez o final seja muito utópico, ainda bem que o é, de vez em quando é bom sonhar.
"The stuff that dreams are made of." Maltese Falcon (1941) Toda vez que vou me adereçar a este filme fico um tanto desnorteado, afinal, como falar de uma obra tão grandiosa ao ponto de ser daqueles raros filmes no qual se pode chamar de 'maior que a vida'? Qualquer tentativa de falar sobre ele se torna quase que automaticamente falha, pois é um filme que lida com algo que é difícil de descrever em palavras: sentimentos, sobretudo o amor, chave mestra nos filmes de Demy, que guia seus personagens para a mais bela alegria ou a decepção mais amarga. Como havia feito com seus filmes anteriores, Demy leva o amor não para Paris,(como já diria uma personagem do filme: pequena demais para aqueles que tem um grande amor) mas para outras cidades francesas, outros casos, novos amores e desilusões. Os caminhões e os feirantes entram ainda de manhã na cidade, trazendo com eles a alegria e os affairs que podem proporcionar. Na mesma estrada, soldados caminham em sentido
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